Matéria para TV A CABO IJUÍ-CANAL 31
Para uma peça que começou sua história como vestimenta de mineiros e cowboys nos Estados Unidos no século 19, o destino do jeans surpreende. Ele já foi símbolo de rebeldia, mas agora é destaque nas coleções de Balmain, Ralph Lauren e Roberto Cavali e ganhou as passarelas da alta-costura no desfile da Chanel no início do ano.
A entrada do jeans nas passarelas aconteceu em 1978, quando o estilista Calvin Klein desfilou sua coleção e introduziu o conceito de jeans assinado. Calças acima de R$ 200,00 se tornaram comuns e as pessoas se sentiram confortáveis para usar o traje mesmo em locais formais.
Já nos anos 1990 e 2000, marcas de Los Angeles deram força ao movimento e as peças subiram de valor. Porém, dificilmente alguém imaginava que, em 2009, quando a tradicional Maison francesa Balmain lançou nas passarelas sua calça jeans de R$ 3.000, a peça fosse algo além de uma curiosidade ou capricho consumista. Mas, surpreendentemente, ela se esgotou nas prateleiras e se formaram filas de espera para comprá-la.
Uma recente demonstração do novo status do jeans como ícone do luxo foi o desfile de alta-costura da Chanel, no início de 2011. O estilista Karl Lagerfeld colocou, na mais nobre das passarelas, o jeans combinado com blusas e casacos bordados. Puro luxo!
As grifes estão em constante pesquisa de novos modelos e materiais exclusivos, como bordados e lavagens, com o objetivo de trazer as idéias fortes das ruas para as passarelas. Mas como diz a jornalista de moda Lilian Pacce, o que importa é o caimento, a modelagem, a matéria-prima e o acabamento impecável.
No
Brasil, o estilista Alexandre Herchcovitch apresentou sua coleção jeans wear,
chamada apenas Herchcovitch. Na
passarela, o estilista mostrou uma variedade enorme de cores e lavagens. Os
jeans vieram tradicionais, tingidos, lavados, pretos, quase brancos e em
diversos tons de azul. Até mesmo biquínis e maiôs apareceram feitos com jeans.
As
roupas não apenas pretendiam ser bonitas, mas a maneira como foram apresentadas
inseriram a força criativa necessária para fazer todos os que viram o desfile
esquecer por alguns momentos que se tratava de jeans (tecido como qualquer
outro). O que se espera ver em uma coleção de jeans? Calças, bermudas,
macacões, talvez camisas e saias. Peças que parecem essenciais a esse universo.
A Hercovitch, contudo, foi além, mostrando que jeans pode ser versátil.
As grifes estão em constante pesquisa de novos modelos e materiais exclusivos, como bordados e lavagens, com o objetivo de trazer as idéias fortes das ruas para as passarelas. Mas como diz a jornalista de moda Lilian Pacce, o que importa é o caimento, a modelagem, a matéria-prima e o acabamento impecável.
Os top Five
Tradicional
O modelo jeans tradicional , também chamado de Five pockets, foi popularizado por astros de Hollywood como James Dean e Marilyn Monroe. Com cintura no lugar e pernas de corte reto, está sempre na moda.
Cropped
Cropped
É também conhecida como calça de barra curta porque vai até a altura da canela. Tem a barra mais afunilada ou dobrada e não é tão ampla no quadril e nas coxas.
Flare
Flare
O modelo segue mais justo até a altura dos joelhos e se abre em forma de pata de elefante. De inspiração seventies, também é conhecido como “boca de sino”.
Pantalona
Pantalona
A modelagem é reta e bem larga, com caimento proporcional. A abertura começa na altura os quadris e vai até a barra. A peça é um dos must-have da estação e superchique quando combinada com tops de tecidos mais finos.
Skinny
Skinny
Com uma sensualidade contemporânea, modela o corpo e segue justa por todo o comprimento. Surgiu no início do milênio como um curinga no visual das mulheres modernas e mantém seu status.
O jeans já deixou de ser uma peça básica,
agora ele é Puro luxo! É a maior invenção na moda nos últimos tempos, e sem
dúvidas, é a roupa mais democrática que existe.
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